quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

queria entender como a gente consegue ser tão diferente,
mas então lembrar que na verdade a gente é tão igual,
que dá raiva.

mas repenso. são tantas diferenças.
só que lembro de situações que fomos iguais.
não faz sentido.
nunca faz.

e acho que é hora de agradecer,
mas nem sempre tenho vontade de.
a mesma ladainha toda vez,
paciencia se esvaindo.

mas daí eu esqueço de tudo,
e começa tudo de novo.
a mesma implicancia,
a mesma chatice
e eu realmente fico de saco cheio.

vc percebe,
mas ao mesmo tempo não.
sabe que tem algo errado,
mas nao sabe o que.
como não,
as vezes acho que é tão obvio.

é,
ninguém enxerga da mesma forma,
ninguém.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

retorne

queria que fosse simples
mas nunca é
queria que tivesse fim
mas sempre recomeça
queria que não se repetisse
parece tão impossível
queria um começo novo
mas é sempre igual
voltas, voltas
roda gigante
tô tonta
roda gigante
voltas, voltas
mas é sempre igual
queria um começo novo
parece tão impossível
queria que não se repetisse
mas sempre recomeça
queria que tivesse fim
mas nunca é
queria que fosse simples









* obrigada zoka! =]

terça-feira, 10 de novembro de 2009

fim do carnaval

as ruas estavam cada vez mais vazias
mas não por falta de gente
na verdade quase não dava para andar
empurrão. palavrão. educação?
medo.
não cabia mais uma pessoa na cidade,
mas ela estava completamente vazia.
o chão estava sujo.
vômito. confete. cerveja. rato.
e o vazio gritando.
o silêncio não exisita,
mas eu nada escutava.
era carnaval.
ou eu acho que era.
estava tão desconectada do mundo.
meu mundo tinha ido embora.
só restava o vazio das ruas,
lotadas de gente,
de música,
de festa,
de riso,
de dor.
era a melhor época do ano.
só que sem você ali,
sem você,
era eu,
só.
era nada.
era a melhor época do ano,
uma vez,
dez anos atrás.
fevereiro ou março.
era sempre a mesma dor.
da janela, ele chamou:
"vem meu amor, tá na hora do bloco".
ah se ele soubesse,
ah se ele visse,
que ali,
ali não tinha amor.
houvera,
não hoje,
não mais.

fim

mas e se no fundo não passasse de timidez?
teria sido diferente?
creio que não.

você sempre teve dúvida,
disso eu nunca duvidei.
podia ter sido fácil,
mas acabou nem sendo.

quem fala aquele tipo de asneira
não é tímido.
é covarde,
sem caráter.
vá embora, acabou.

hoje não tem brincadeira,
nem é carnaval.
vá de férias, me deixe em paz.
fim da linha,
sem serpentina,
não quero mais.

fim de jogo

vazio, grosseiro, estúpido.
por quê?
riso, brincadeira, lágrima.
sem sentido.
derretido, malandro.
conquistador, coitado.
sozinho. muitas.
mas só uma.
a que não tem,
a que mais quer,
a que não liga.
troca de papéis.
objetos.
tristeza, dúvida, jogo.
prorrogação,
penalti.
faz o gol ou tá fora.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sentido

estou cansada.
dos olhares,
das conversas,
das indiretas.
das negações,
do fingir que nada acontece
e do nada mudou.

estou cansada.
do pensar no que vou dizer,
do rir sem achar graça,
do fingir que não sinto nada,
do ciume que vive em brasa.

não aguento mais esse jogo sem graça,
e a série de piadas,
do relacionamento falso,
carregado de mentiras,
algumas meia-verdades.

um jogo de palavras,
onde você não sabe de nada,
nem eu.
uma partida onde nós dois perdemos,
e não há pilares de sustentação.

estou cansada,
cansada de esconder que te amo,
ou não.
estou cansada de não saber o que sinto,
de temer o abismo de seus sentimentos,
do mergulho profundo nos meus.

estou cansada de achar que sei,
e descobrir estar perdida.
queria terminar logo com isso,
mas adivinha?

queria te dizer tudo,
e talvez mandar você embora,
nunca mais olhar na sua cara,
de repente isso te apavora.

mas talvez,
uma voz lá no fundo lamente,
porque imaginar estar longe de você,
acaba sendo pior.

mas o pior é saber que podia ser.
o que teria sido,
mas não é.
a linha é tênue.
onde ela vai dar?

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Eram tantos tons de verde. A floresta que se via da janela era convidativa. Aquelas duas casas enormes me chamavam. Um desejo de ir lá dentro, através das paredes azuis da cor do céu. Era um contraste tão bonito. Mas, ao mesmo tempo, a sensação que lá dentro estaria frio, apesar do sol forte que iluminava o dia. O som dos gritos, dos tiros e da música dramática da sala ao lado construiam todo um cenário na cabeça. E o professor falando, falando, opinião pública, "acabei de chegar da Turquia"...
Quantas vezes já não me perguntei o que que estou fazendo aqui? Mas aí eu lembro que tem tantas aulas legais.... ou não. A vida ia ser muito sem graça se fosse feito só de coisas que gostamos? Who knows...

terça-feira, 14 de julho de 2009

O som ensurdecedor do silêncio era tão alto,
Gritava de uma forma profunda,
Me fez calar na maior calma,
Me fez pensar.

O som ensurdecedor do silêncio,
Quase me enlouqueceu.

Emudeceu.

O silêncio era tão alto que me deixou surda (e muda)
Eu não tinha mais o que fazer.
A voz queria sair,
Buscava um espaço onde pudesse vagar...
Mas o vazio não deixara lugar.

Aquilo tudo agora ocupava um grande pedaço,
Talvez disfarçasse o que eu não queria entender.

O som do silêncio doía
E a solidão rasgava a cicatriz,
Trouxe de volta a ferida, que há muitos ali dormira.

O som do silêncio gritou
E uma voz enfim ecoou,
Agora,
Agora eu ouvia.

O silêncio em mim acabou.
E a consciência enfim despertou.

Alguém bateu na porta,
E dessa vez eu resolvi ver quem era.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Faltam cinco minutos pra ir tomar banho.
Acordei mais cedo.
Podia dormir até às onze hoje,
mas acho que a consciência pesou.
Os olhos abriram às oito e meia da manhã!
Ri, virei de lado,
voltei a dormir - óbvio!
Abriram de novo,
(qual a dificuldade deles de entender que eu ainda posso dormir mais?)
Raciocínio, olhei a hora.
nove e meia.
ainda falta tanto tempo...
virei de lado, dormi - ou tentei.
abriram de novo,
nove e cinquenta e um.
tá, eu desisto.
levantei.
mas e o que eu vou fazer agora?
ler?
só tenho feito isso ultimamente..
e não que seja ruim, mas sei lá.
emails, twitter.
é, acho que vou me distrair com isso.
vídeos!
o vício de volta.
o tempo passou.
faltavam cinco minutos para eu tomar banho,
agora está na hora.

terça-feira, 23 de junho de 2009

se eu dissesse tudo que me vem a caebça,
as coisas seriam tão diferentes.
mas será que seriam melhores?

tantas e tantas vezes puxo o freio de mão.
tava lá, indo falar e aí vem o peso.
como se a consciência batesse no ombro e dissesse:
"o senhorita, onde pensas que vás?"

tão estranho, esquisito.
mas vira e mexe acontece algo assim comigo.
estou andando, pensamentos aleatórios,
conexões malucas, sem sentido - mas que no fundo fazem todo sentido.
daí percebo que na minha cabeça estou construindo algo bacana.
vou me empolgando e formando frases.
então eu paro e quero lembrar tudo que acabei de pensar, "escrever".
consigo?
óbvio que não!
nessa altura já esqueci de tudo, as palavras já não estão mais juntas
e as letras nem formam significado.
nessas horas que eu volto a um pensamento antigo,
uma criação maluca que eu sempre quis que alguém fosse capaz de desenvolver.
uma máquina,
uma máquina que escreve tudo que a gente pensa.
é, sem julgar, ou avaliar. saí botando no papel - ou na tela do computador- todas as palavras que pensamos, com ou sem nexo.
não seria legal poder pegar e ler tudo o que pensamos?
mas aí volta a dúvida.
quantas vezes você já não se arrependeu de algo que pensou e tem vergonha de lembrar só de ter pensado naquilo?
imagina ter isso registrado? ruim né?
daí eu me pego de novo sem saber o que eu realmente gostaria.
mas se bem, ando assim pra tanta coisa...

"Death is peaceful, easy. Life is harder."

segunda-feira, 25 de maio de 2009

amor à primeira música

se você soubesse, meu amor,
o quanto você me fascinou desde a primeira vez.
aquela música estúpida que você cantou,
que foi implicância para todo mundo ouvir,
aqueles versos que me chamavam para junto de ti.
você não percebeu que só ali,
daquela maneira simples,
havia conquistado meu coração.
você não sabia (e continua sem saber) que,
desde então,
meus pensamentos são seus.
minha busca é por você,
meu desejo é por você,
minha razão é você.
se ao menos você soubesse
o que aquela música idiota despertou,
e aquele seu olhar me encarando.
ah! o olhar...
se ao menos você tivesse notado....

terça-feira, 19 de maio de 2009

Reconciliação

A porta bateu atrás dele.
O coração acelerou.
Ele sabia que podia ser a última vez que a veria.
Pensar nessa possibilidade lhe fez tremer as pernas.
Era tão intenso o sentimento, mas trazia tantos problemas.
Tantas opções e incontáveis dúvidas.
Por que?
Por que?
Por que?
Ninguém sabia dizer.

O cheiro da manhã naquela ruazinha em que morava o fez sorrir.
O sol estava nascendo e o dia ainda era um escuro claro.
Um ventou soprou em seu rosto,
Um vento quente.
Ele lembrou de sua viagem ao méxico.
A caminhada que vazia na praia todas as manhãs.
E o cheiro do ovo frito que servia de aviso que era hora de voltar.

O dia foi ficando claro e ele já estava no ônibus.
Agora em poucos minutos ele a encontraria.
Uma aflição e ansiedade.
Tantas coisas que queria dizer,
Tantas coisas que queria ouvir.

Tão ridículo o quanto podiam dar certo
E o quanto faziam questão de brigar,
Tão incompreensível.

Ele preferiu descer antes do ponto.
Precisava de um minutos consigo mesmo para organizar as idéias.
- embora soubesse que na hora em que a visse aquilo não serviria de nada -
"Serei paciente, vou ouvir, quero tentar, ainda a amo tanto, mas ela não podia ter feito aquilo comigo, não!calma, tem q deixar ela falar, preciso ouvir. minha irmã avisou, não vou me deixar levar, vai concentra. volta pra sequencia, paciente, ouvir, tentar, puta merda! como eu amo aquela garota!mas ela foi uma filha da não! segura, assim não vou resolver nada"
E quando ele olhou ela estava lá, no mesmo lugar de sempre.
O olhar fundo, instigante.
Analisando os passos até ele ficar bem próximo.
Quando seus olhos cruzaram com os dela seus joelhos falharam.
Ele teve que se segurar para não ir de cara no chão.
Como era difícil olhar pra ela e não desejá-la.
Como era difícil imaginar que talvez nunca mais beijaria aquela boca.
Como era difícil agora imaginar nos dois separados.
Não tinha como, era incabível, impensável.

Ele foi chegando perto e parecia cada vez mais difícil caminhar com calma.
Ele queria poder abraçá-la, tomá-la em seus braços e nunca mais lagar.
Fazer com que tudo, em um passe de mágica, ficasse bem.
Mas, infelizmente, nada é assim tão fácil.
Duas horas se passaram.
Nos dez primeiros minutos ninguém falou nada.
Eles só se encaravam, na expectativa de quem daria o primeiro passo.
Eram orgulhosos demais para se arriscar.
Até que desviaram o olhar e ao mesmo tempo arriscaram um som.
No mesmo instante o olhar voltou a se prender e foi nítido o sorriso que os dois soltaram.
Ele fez um gesto, podia ter muitos defeitos, mas sabia sem dúvidas como ser um cavaleiro.

Ela começou a falar e logo as palavras estavam saindo naturalmente.
Ao mesmo tempo, parecia que ela tinha ficado horas ensaiando em frente ao espelho.
Quando ela terminou, ele ficou cinco minutos em silêncio.
Os olhos dela ansiosos por uma resposta.
Na verdade, ele não pensava em muita coisa.
Lá no seu interior buscava forças para falar o que realmente queria dizer.
Ela estava aflita, temerosa.
Ele respirou fundo, olhou em seus olhos e disse:
“amo você”
Só essas duas palavras saíram de sua boca.
E um turbilhão de lágrimas saíram dos olhos dela.
Ela pegou sua mão e a beijou.
Ele foi rápido e a puxou para si.

Ele se superou.
Eles ficaram juntos.
Tudo ficou bem.
Ele tinha que ir embora e ela entendeu.

Ele voltou pro ponto de ônibus,
Os dedos entrelaçados aos dela.
Dois sorrisos escancarados,
Uma felicidade no ar.

O ônibus chegou.
Um beijo longo, de despedida.
Ela foi pra aula, ele voltou pra casa.

Ele pensava que podia ser a última vez que a veria.
Ele tinha certeza que não era.
O coração acelerou, incrédulo do que acontecera.
A porta bateu atrás dele e o telefone tocou.
Era ela e ele sorriu.
Agora, tinha certeza que tudo realmente acontecera.

terça-feira, 28 de abril de 2009

paciente, grito alto

Fico me perguntando até quando vai ser assim.
Poderia ser tão mais simples.

Pela primeira vez não teve uma briga.
Só amor espalhado pelo ar,
Contaminando os pulmões,
Transformando o silêncio em respirações profundas.

Dois amantes, duas crianças.
Uma implicância daquelas muito propositais.
Um esforço para chamar a atenção.
Atenção que esbanja para o mundo,
Que deixa escrito na testa,
No sorriso,
No olhar,
Eu te amo!

Tão fácil para quem está de fora perceber,
Tanto medo para quem está dentro crer.
O amor é tão confuso,
Mas torna tudo tão fácil, às vezes.
Pode ser a maior complicação do universo,
Um sempre tem que ceder, não tem jeito.
Mas aquele sorriso,
Aquele sorriso faz valer à pena.
Desisto de tudo, finjo ser outra pessoa,
Mas vejo aquele sorriso.
É tão reconfortante,
Os olhos brilham e por dentro meu coração acalma,
Aquece, ama.

A gente briga, se entende,
Tudo fica bem.
É tanto amor que vale a pena.
Penso em desistir, mas me lembro.

Me lembro de como ela saber ser gentil e carinhosa,
E como faz questão de fingir que não é.
Me lembro das covinhas no sorriso,
Que transmitem uma felicidade, que me deixa louco.
Me lembro do jeito dela coçar meus braços,
De forma bruta, mas carinhosa.
Incansável, incessível.
O melhor carinho do mundo,
Com suas mãos quentes e frias.

Me lembro do quanto tem sido difícil nos entendermos.
Do quanto estamos lutando para que tudo fique bem.
Fico feliz com o nosso esforço.

Penso em você,
Te vejo como se estivesse aqui, agora.
(Como eu queria que estivesse)
Penso em ti e explodo de felicidade por estarmos bem.
Penso em ti e isso me dá forças.
Lembro que falta pouco para nos vermos, estarmos juntos,
O meu corpo todo se aquecer em nosso amor.
Lembro que jamais esqueci de te amar (jamais conseguiria).
Por dentro eu choro, de emoção.
Por fora minha boca abre,
sai um grito,
Um grito alto, sincero, feliz.
Eu te amo.
E hoje, mais do que nunca, quero que ninguém tenha dúvidas disso.

Eu vou estar com você, não importa o quanto eu tenha que mudar.
Nós vamos ficar juntos,
Aqui ou em qualquer lugar.
Serei paciente, prometo.

__________________________________

Obrigada ao casal de amigos que me inspiraram a escrever essa poesia.
Que vocês sejam cada dia mais e mais felizes e se entendam de uma vez por todas.
Com amor,
ZuKa

sexta-feira, 17 de abril de 2009

queria deixar o impulso de falar sair.
que minhas palavras nao fossem freadas, repensadas.
que eu vomitasse tudo sem medo.
queria q isso fosse facil de fazer, mas tenho tanta dificuldade.
gostaria de ter uma maquininha,
de um tipo que ainda nao foi inventado.
queria que ela reproduzisse em papel todos meus pensamentos,
mesmo que quebrados ou sem sentido.
queria poder ter um turbilhao de ideias e ser capaz de lembrar de tudo que passou pela minha cabeça alguns minutos depois.
ter isso documentado para quando precisasse rever valores, conceitos, problemas, sonhos.

é como se fosse proprosital,
no dia em que eu precisava ocupar minha cabeça, não tem nada pra fazer.
na verdade tem, talvez eu é que esteja fugindo de minhas obrigações momentâneas.
se bem, que o mais importante eu já fiz.
nao sou irresponsável.
e o resto não depende só de mim, já falei com as pessoas,
mas às vezes parece q elas não me levam mto a sério,
ou realmente tem outras coisas mais importantes a fazer.
nao está em minhas mãos.

segunda-feira, 9 de março de 2009

pai,
fonte de inspiração,
luz que me ilumina,
olhar que acompanha,
guia.
voz que treme e acalma,
emociona.
recanto de forças.
amor fraterno,
amor eterno,
razão de ser.
orgulho,
semente,
criador,
infinito,
imensurável.
sem explicação.

quarta-feira, 4 de março de 2009

"é bom pensar errado de vez enquando"
foi isso que um amigo meu disse hoje. mas será?
será que se enganar para fazer a felicidade alheia é certo?
ou não é uma mera desculpa para fazer o que você realmente quer lá no fundo.
ou mais, será que é o jeito de simplesmente não ter que admitir que se deseja algo.
tão profundo, tão superficial.

cada vez mais eu aprendo que preciso ser mais paciente e menos pragmática.
não que eu seja a mais impaciente de todas, maaas confesso que sou bastante.
acho até que já fui beeem mais nervosinha, mas que certas situações da vida, como minha experiência com crianças que não falavam minha língua, me ajudaram a melhorar um pouquinho.
a verdade é que comigo é pá-pum. Falou levou, pediu fez. [ se fosse fazeu ia rimar mais! hahaha]

aaah sei lá,
não to com saco de terminar isso aqui.
to muito impaciente hoje.
e eu não to de sacanagem,
prova de que eu preciso melhorar bastante!

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Não que eu esteja inspirada, mas o tédio me trouxe aqui. Não ter o que fazer é muito chato, ainda mais quando se está preso a um lugar só esperando dar o horário para poder ir embora. Hoje é véspera de carnaval. Dia em que ninguém trabalha direito, com os pensamentos já bem distantes. Naquela praia deserta onde estará daqui algumas horas, na festa que irá à noite, no bloco de rua que tem daqui a pouco, na fantasia que não ficou pronta, ou na que ainda vai dar um jeito de comprar. Outros pensando só no descanso, no poder ficar cinco dias em casa dormindo, vendo tv, lendo um livro.

É interessante como o gosto pelo carnaval varia. Não é aquela simplicidade de sim, eu gosto, ou não, detesto. Tem os que gostam porque é feriado, outros porque é quando se soltam pra fazer aquilo que morrem de vergonha, outros porque são dias de bebedeira, outros porque adoram samba, ou ainda porque amam as escolas de samba. É de uma variedade interminável. Só que também há os que não gostam por outros milhares de motivos: cidade muito cheia, trânsito infernal, pessoas bêbadas, falta de educação, sujeira.. e por aí vai. Só que eu acho que o mais legal são os que gostam e desgostam ao mesmo tempo! Por exemplo, eu tenho um amigo que gosta dependendo da situação. Como ele mesmo me disse: "Eu me pré-disponho aos riscos, como tomar banho de cerveja, ter que fazer xixi na rua, gente bêbada e até algumas furadas”. Mas se ele não estiver com esse pensamento, não atura. Esse ano, por exemplo, ele vai pra São Paulo, capital. Enquanto todo mundo de lá está indo viajar para praias ou lugares mais tranqüilos, ele vai em direção a cidade de maior movimento do país, vai entender...

Eu sei que eu estou ansiosa. Tenho vários blocos para ir e planos a realizar. Também pudera, ano passado eu não estava morando aqui no Brasil e lembro de ficar repetindo inúmeras vezes que gostaria de ser milionária para poder pegar um avião, vir pular o carnaval e voltar pra onde estava. Infelizmente, não deu pra fazer isso. O máximo que vi foram fotos pela internet e scraps dos meus amigos dizendo como estava bom. Por isso, esse ano resolvi que ia correr atrás do tempo perdido. Fiz uma programação intensa com minha maior companheira de blocos. Cerca de uns 2 ou 3 – no mínimo – por dia e pretendo realmente ir a todos. Vai ser intenso mas bastante divertido. E como diz uma amigona minha: “Deus, cuida bem de mim, porque vai ser frenético!”. Boas fantasias e um bom carnaval!

(20/02/2009)

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Ciúme: use com moderação.

Às vezes eu gostaria de ser menos ciumenta. Queria também conseguir entender porque que esse sentimento é muito mais intenso com determinadas pessoas. E não, eu não estou falando de namorados, mas de amigos; muitas vezes "iguais" para mim. Só que tem aquele em que surto de tanto ciúme, o outro que é de dia, tem dia que sinto, dia que não. Aquela que só com determinada outra pessoa é que eu sinto. Tem também aquela que eu sentia, mas do nada parei de sentir.
Sei lá, é tão inconstante, imcompreensível. Pode ser que seja eu tentando entender algo que não foi criado para ser entendido, vai saber? Mas que é estranho é.
Sentimentozinho mais complexo. Em momentos gera raiva, outros dor. Lágrimas, confusões, brigas e às vezes até risadas. Algo que consegue ser necessário e desnecessário ao mesmo tempo. Que pode criar a maior das confusõess e mal-entendidos também.
É tão complexo que pode transformar amor em ódio e criar ilusões antes impensáveis. Algo que gera dor e bem estar, variando a proporção. Que ao extremo pode até matar.
Faria parte dos meus sentimentos indispensáveis para a vida mas viria com uma tarja preta bem grande escrita: o uso excessivo pode causar sérios danos a saúde. Sua e dos que estiverem próximos à você. Utilize com responsabilidade.
Ciúme maldito, ciúme bendito, quem é que nunca sentiu?

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

e o braço distorceu.
nada como conhecer bastante seus amigos.
é, eu liguei pra aquela que eu estava brigada.
e sim, ela me atendeu como se não tivesse acontecido nada.
nos encontramos e nem precisamos conversar.
a situação já estava resolvida.
quando você convive com pessoas parecidas contigo acaba sendo mais fácil em certos aspectos.
cabeça dura, orgulhosa e esquentadinha.
somos as duas assim.
então, nada com uns dias para deixar tudo esfriar,
a gente esquecer o motivo da briga,
e tudo voltar a ser como era antes.
ela até dormiu aqui em casa, ora.
é bom ter amigos que conhecemos
e que, principalemente, nos conhecem muito bem.

domingo, 4 de janeiro de 2009

tem dias em que acordamos bem sentimentais.
às vezes, porque lembramos de algo que sonhamos,
ou devido ao filme ou música que vimos/ouvimos antes de dormir.
enfim,
a gente acorda com vontade de falar para todos como são importantes para nós.
lembramos daquele amigo q não falamos faz tempo,
ou daquela que estamos brigadas,
da que todo dia a gente fala,
do que vc tem um caso de amor,
do que finge que é seu par,
do que verdadeiramente é.
pensamos em tantas pessoas,
momentos.
tava chegando para almoçar hoje num clube
e lembrei como eu frequentei aquele local.
me bateu uma nostalgia sabe?
vontade de reviver todos aqueles dias,
de poder, pelo menos, sentar num sofá confortável e rever todos aqueles momentos.
com o passar do tempo a gente esquece de tanta coisa...
queria poder lembrar de muito mais do que eu lembro.
ao mesmo tempo, sei que nós temos que esquecer certas coisas para poder seguir em frente.
mas sei lá, não ia ser legal poder pegar no armário uma fita do dia 17 de setembro de 1999 e ver o que foi feito naquele dia? os lugares que foi, as pessoas que encontrou...
como se sempre tivesse uma câmera nos filmando e no final do dia pudéssemos arquivar aquilo para vermos quando quiséssemos...
só que não dá né?
daí vem uma parte da memória que eu acho genial.
a gente lembra de coisas diferentes com o passar do tempo, um dia de uma coisa no outro de outra, sem uma sequência certa.
tá, ficou confuso. deixa eu ver se consigo explicar melhor.
assim, tem dias que a gente pensa naquela viagem marcante de anos atrás. por exemplo, pra mim cancun. tem dias que eu lembro do vento, do pôr do sol. mas tem outros que eu lembro da comida, das tartarugas gigantes. e várias dessas vezes, quando eu lembro de uma coisa não lembro da outra. deu pra enteder?
bom,
como eu já disse, hoje eu acordei nesses dias nostálgicos, com milhares de lembranças passando pela minha cabeça, com vontade de escrever pra todo mundo.
só que na verdade eu não fiz isso,
escrevi só pra uma pessoa.
é verdade que não escrevia para ela tinha tempo e, sabe deus porquê, foi ela quem me veio a cabeça.
a real é que lembrar as pessoas de como elas são importante para nós faz bem. quem não gosta de receber um recado supresa?
agora acho que eu deveria ligar pra aquela amiga que eu estou meio brigada,
mas, se me conheço bem, o orgulho nem vai me permitir fazê-lo.
paciência.
amanhã quem sabe...

=]

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

às vezes,
a menor das luzes me atrapalha.
na escuridão é mais fácil seguir.
talvez seja porque não exista sombras.
nem possibilidades,
não se vê,
só se segue.
anda,
vai,
chega,
e retorna.
então,
logo depois,
inicia-se tudo de novo.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

acredite em 2009

o ano ia começar e ela tinha muitos planos pela frente.
precisava de um emprego e de umas sérias mudanças de comportamento.
nada muito fácil de se conseguir,mas também nada que não fosse possível alcançar.a consciência de que seria difícil ela até tinha,
mas o medo era o principal obstáculo.
não o medo de fracassar.
mas o o medo de conseguir e mudar.
transformar-se em uma nova pessoa,
alguém que ela sempre temeu ser,
ela que sempre se sabotou.
e confessar isso pra ela mesma é bem difícil.
andei conversando com essa guria e pra mim,
que a conheço bastante,
é fácil perceber como está aterrorizada.
ao mesmo tempo, ela sabe um pouco o que a espera.
e enquanto quer que tudo aconteça e mude,
ela tem um certo receio do processo.
encarar seus fantasmas é algo que nem todo mundo consegue.
é ano novo, momento de novas promessas, desejos.
todo mundo volta com aquele papo de que se acreditar que algo pode realmente acontecer
ele acontece.
o que todos nao sabem é que pensar nisso somente uma vez por ano não adianta nada.
é preciso realmente ter fé,
querer que aconteça,
e, mesmo que tenha medo,
desejar que realize,
disposto a encarar o que se suceder desse pensamento forte.
ela, eu, você, ele, aqueles ali,
cada um com seu desejo oculto, obscuro, simples ou complexo.
um 2009 de número da perfeição.
de busca por realizações pelo desejo de felicidade.
um feliz 2009 para todos,
e acreditem,
porque, como já diz a música, "tudo nos é dado só nos falta a fé",
no que quer que seja.
acredite e tenha fé em 2009.