quarta-feira, 7 de novembro de 2012

ir

sentimento confuso,
que deixa inseguro,
transcende o muro,
que estava de pé.

acelera ou freia,
permeia encandeia,
curvas confusas,
nó.

pra frente pra trás,
pra onde se vai?
mas anda, não corre
a pressa perturba,
cozinha.

se sente por dentro,
sem ser.
costura o caminho,
envolve no ninho,
e vai...
vai...
até onde for.


sexta-feira, 11 de maio de 2012

em toda mulher

mente venenosa que na primeira oportunidade critica.
marca, crucifica e ri,
internamente, da desgraça alheia.

julga, sem pudor.

secretamente torce,
insistentemente,
para que aconteça tudo de novo,
e assim, maléfica,
se fortifica a cada tropeço,
dos outros.

não é bruxa, não é vilão.
é menina como outra qualquer.
mulher boa, divertida,
despercebida no dia-a-dia.
inúmeras vezes má.

quem nunca?

segunda-feira, 7 de maio de 2012

totalmente significante



- Tão insignificante.
Gritou saudade, numa voz que mal se podia ouvir.
- Inesperado, mas insignificante, insistia.
Significara nada, um momento, uma recordação - que em breve seria esquecida.
Do turbilhão de novidades, a insignificância sempre estava presente, apesar de nada significar.
Todos ouviram sobre a insignificância - apesar de não se importar.
E aquele sorriso escondido quando falava da falta de significância...
- Mas é insignificante!, berrava indócil!
Significância, insignificante,
Nada,
Tudo,
Significado.


quarta-feira, 25 de abril de 2012

aquecedor


Eu quero que seu sorriso aqueça o frio seco das minhas mãos.
Que enruga a pele e faz o tempo passar rápido demais.

Quero que o brilho de quando me olhas seja forte como o sol.
E deve ser, porque me derrete inteira.

Quente, sinto um arrepio. A imaginação vai longe...

Encantada, suspiro.


Então, meu coração, há tanto tempo gélido, esquenta-se tão rapidamente, que de súbito para.


terça-feira, 17 de abril de 2012

iludida

o nó era tão forte, que parecia cego.
faltava o ar em meio ao pensamento.
apertava o peito e doía.

era tão errado, sabia.
mas como se a dominasse,
aquilo a consumia de forma incontrolável.

a menina não conhecia o freio de mão.
na avenida voava feito um tufão,
e quando notava por si,
estava cada vez mais longe.

acreditava em suas próprias mentiras
e, iludida, repetia dia após dia.
enganar-se às vezes é tão fácil.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Pele de bebê

Percebe entao que virou um vicio,

Que antes de ser prazeroso a consome

E que no fim das contas nem é tao bom.

Mas tem um vínculo que tantas vezes parece impossivel de romper..

E gera duvida, inquietacao, inseguranca.

Mas ao mesmo tempo tao segura de si.

constante inconstancia tornada em habito,

Daqueles que ninguem sabe pra onde vai.

Talvez no fundo suspeite, mas incerta prefere achar que nao.

Deixa rolar sem pensar,

Rugas pra que?


Published with Blogger-droid v2.0.4

segunda-feira, 9 de abril de 2012

eco

e a dor, que antes sentira,
parecia que aos poucos voltava.
maldita teimosia,
não devia ter insistido.

agora sofre, de novo,
e se sente tão idiota por isso.
tantos 'eu te avisei' que ecoam,
ecoam, ecoam...
martelam numa melodia irritante,
mas impecável.

o gelo derrete e transborda as margens.