sábado, 26 de outubro de 2013

Numa madrugada qualquer...

E ali estava ela, no meio da estrada, mais uma vez andando para frente. Era fim da madrugada quando despertou do sono profundo a qual se instalara. Havia dormido como um anjo, sereno, tranquilo, em paz. Apesar do constante movimento, mergulhara de cabeça naquelas preciosas horas que tinha para descansar.

Há muitos quilômetros de distância, ele estava numa festa. Acabava-se com o violão como se não houvesse amanhã. Regado de cerveja e uma boa cachaça, não viu as horas passarem cercado de tantos amigos. Mas afinal a noite há muito já terminara, e era chegada a hora de ir embora.

A menina olhava para os lados e não via nada. Poucas luzes cruzavam seu caminho enquanto ela se movia para seu novo destino. Então, como uma deliciosa surpresa, seu celular discretamente tocou. 

Como magia, era ele perguntando se ela dormia. Sorriu.

Durante cinco minutos conversaram por mensagens. O coração da menina, antes cheio de dúvida, enchera-se de calor e certeza de que havia feito a escolha certa. Aonde quer que estivesse, de alguma maneira, eles sempre estariam conectados. Fechou o celular, olhou pra fora e respirou fundo. 

Não importava a distância, não importava o motivo, não importava o meio. Sempre haveriam palavras certas e aconchegantes para acalentar aquele coração rebeldio. 


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