terça-feira, 2 de setembro de 2008

liberte-se

algumas vezes a gente quer falar.
ou melhor, as vezes eu quero falar.
vamos parar de escrever como se todo mundo fosse assim, tivessem os mesmos problemas que eu.

opa!
vou para de escrever como se todo mundo fosse assim.
eu sou. é minha experiência, e isso que importa.
bom, continuando...
algumas vezes eu quero falar.
as palavras estão aqui, na minha garganta, presas.
não dá, parece que elas se amarram as minhas cordas vocais e não soltam por nada nesse mundo. prazer inenarrável de ficar ali, sentindo a vibração da minha respiração.. da minha ansiedade..
isso me põe louca. tantas coisas que eu sei que deveria falar, tantas.
mas se soubesses como é difícil me libertar, como é difícil...
é verdade que as vezes eu não sei o que falar, mas eu sei que preciso, de alguma forma.
daaaí falo qualquer asneira, como se tivesse me livrado daquilo,
e na verdade continua tudo ali. quietinho, brincando de pique-esconde com meus pensamentos, sentimentos, com minha razão.
e então tem dias que eu escrevo, tento vomitar as palavras através dos dedos. funciona?
de uma certa maneira sim, alivia. mas, no fundo no fundo, não é o suficiente.
porque por mais que eu ache que coloquei tudo pra fora, um resquício sobra..
sabe quando tem alguma coisa encomodando na garganta e vc não sabe o que que é?
pois então, é vontade de falar, gritar! algo engasgado, querendo sair.
as vezes, a soma de um travesseiro e um grito geram um bom resultado [travesseiro + grito = alívio], mas nem sempre é o suficiente.
o legal é que hoje eu me libertei.
não, eu não fui me declarar pr'aquele menino. [queria que meu problema fosse simples assim, cara de pau não me falta] . nem falei pr'aquela menina da faculdade que ela é uma falsa que se faz amiga de todo mundo. não, eu não falei pro meu melhor amigo que to achando ele um babaca faz tempo e que nossa situação está ridícula. não, eu não falei pra esse melhor amigo que não sei mais se ele é [ou já foi] realmente meu melhor amigo. não, eu não falei pro meu pai todas as verdades que eu gostaria de dizer, nem pra minha mãe.
mas, mesmo assim, eu me libertei.
me libertei porque eu falei pra mim. conversei comigo mesma. fiz aquilo que eu quis fazer sem ligar pro que os outros iriam dizer.
sim, eu me libertei porque eu fui eu mesma [e tive orgulho de mim].
sim, eu me libertei porque eu quis que fosse assim.
sim, sim, sim.
eu estou livre e pretendo que fique assim.

2 comentários:

Pedro Rabello disse...

Nada melhor que libertar-se!

jeh! disse...

brigadu gorda! brigadu mesmo! C=
agora oh... shhhh! silêncio heim!? C= eahuheaU...