quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

inesperado

Como um golpe inesperado, ela ficou sabendo da verdade. E toda aquela imagem que construíra,
depois de meses, foi destruída. Forçou-se a pensar de novo, tentar achar erros, ganchos, brechas.
Sentiu-se ingênua. (Quem diria!)
Havia tomado tanto cuidado, foram tantos avisos!
E definitivamente saíra-se bem, até então.
E não que seja o fim do mundo, ela não é assim tão dramática e logo logo já terá esquecido tudo.
Mas agora, enquanto as palavras ainda ardem frescas em sua mente, sente-se tola.
Realmente tinha achado que poderia ser diferente e que a imagem que os outros tinham estava errada, possivelmente distorcida. Talvez  ela só quisesse provar que nem tudo é o que parece e que ela era capaz de enxergar além do julgamento, capaz de mudar o outro.
Que ilusão.
Foi enganada assim como todas as outras.
E agora fica se questionando, imaginando. Talvez seja melhor deixar pra lá, certas coisas ficam mais fáceis esquecidas, trancafiadas, encostadas no fundo de um baú.
Incrédula, fica inquieta. Quer confrontá-lo, exigir as verdades inteiras, está cansada das meias.
Mas do que adiantaria? Indaga-se.
Liga a música, pega um livro e vai ler.
Fantasias não decepcionam.

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