terça-feira, 21 de junho de 2011

cisma em arder

apesar de dizer que já passou,
la no fundo algo ainda permanece.
talvez seja a incapacidade de acreditar que acabou,
apesar de mal ter começado.

podem ser os pensamentos sombrios,
na verdade bons, que voltam vira e mexe,
e acabam por fazer crescer uma vontade de que tudo aconteça novamente.

mas sabe que não vai acontecer,
que não há esperança,
muito menos expectativa.

essa já ficou pra trás faz tempo,
inimiga e aliada.
como sonhar sem ela?
como viver quando não é?

ah vida, gira gira sem parar.
inicia o ciclo,
fecha esse de vez.
ta cicatrizado, mas cisma em arder.

domingo, 5 de junho de 2011

saudade de você

o pior é quando a gente acorda com saudade, lembrando de todos os bons momentos.
e as cenas divertidas e incríveis que vocês passaram juntos,
e os sorrisos inesperados, o carinho do nada,
a mensagem boba, o segredo só de vocês.

e daí as pessoas falam, tente pensar num momento ruim,
assim você não vai sofrer tanto.
mas e se não tiveram momentos ruins?
e se tinha tudo pra ser perfeito?

por que é tão difícil estar no tempo certo,
mas não ser o do outro?
por que as pessoas não se gostam ao mesmo tempo
e tudo mais fácil?

quanta saudade.
que desejo de ligar e dizer pra começar tudo de novo,
e citar os milhares de motivos que fazem sentido.

quanta saudade,
e dor em ter que aceitar que não dá pra ser (sempre) como a gente gostaria que fosse.
e os dias passam,
e eu sei que isso vai passar. (às vezes eu acho até que já passou).
mas dias como esse,
respira fundo,
aceita a realidade e segue em frente.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

decepção

e a dúvida se esse enjoo é de nojo ou de frustração.
decepção que enraiva e faz vomitar palavras.
lágrimas ácidas escorrem, brotam sem parar,
e uma intensa vontade de gritar: quanta burrice!

faça direito, já que queres fazer, completo.
pra que emaranhar-se em sua própria história?
era mais fácil ter ficado quieto e fingir não se importar.
talvez não.

complexo labirinto de escolhas e situações.
mas no fundo saber que tudo vai ficar bem.
que eu vou esquecer, como sempre.
tola, que sou, e não mudo.
por que?