terça-feira, 23 de junho de 2009

se eu dissesse tudo que me vem a caebça,
as coisas seriam tão diferentes.
mas será que seriam melhores?

tantas e tantas vezes puxo o freio de mão.
tava lá, indo falar e aí vem o peso.
como se a consciência batesse no ombro e dissesse:
"o senhorita, onde pensas que vás?"

tão estranho, esquisito.
mas vira e mexe acontece algo assim comigo.
estou andando, pensamentos aleatórios,
conexões malucas, sem sentido - mas que no fundo fazem todo sentido.
daí percebo que na minha cabeça estou construindo algo bacana.
vou me empolgando e formando frases.
então eu paro e quero lembrar tudo que acabei de pensar, "escrever".
consigo?
óbvio que não!
nessa altura já esqueci de tudo, as palavras já não estão mais juntas
e as letras nem formam significado.
nessas horas que eu volto a um pensamento antigo,
uma criação maluca que eu sempre quis que alguém fosse capaz de desenvolver.
uma máquina,
uma máquina que escreve tudo que a gente pensa.
é, sem julgar, ou avaliar. saí botando no papel - ou na tela do computador- todas as palavras que pensamos, com ou sem nexo.
não seria legal poder pegar e ler tudo o que pensamos?
mas aí volta a dúvida.
quantas vezes você já não se arrependeu de algo que pensou e tem vergonha de lembrar só de ter pensado naquilo?
imagina ter isso registrado? ruim né?
daí eu me pego de novo sem saber o que eu realmente gostaria.
mas se bem, ando assim pra tanta coisa...

"Death is peaceful, easy. Life is harder."