domingo, 31 de agosto de 2008

engraçado.
ela sabe que ficou muito chateada. que não concorda com milhares de coisas que ele fez.
mas ela é boazinha [ou tola] e não conseguiu brigar.
na calma perguntou se ele queria conversar. se ainda existiam coisas pra se esclarecer.
[ela tinha tantas dúvidas] e ele, simplesmente, disse que estava bom do jeito que estava. já tinha acontecido, passado. pronto, deu. acabou.
[mas ela sabe que, na verdade, não é nada disso]
dias depois eles se falaram.
ela tem o poder de esquecer como nunca se viu. agiu como se estivesse tudo ótimo.
conversaram. nada muito aprofundado, tão superficial.
como sempre, ele teve que ir embora, enquanto ainda conversavam.
hoje, ela estava feliz, sem motivo. levou tudo numa boa.
ele saiu.
ela parou pra pensar.
e então, aquelas milhares de dúvidas voltaram pra importuná-la.
no coração ela não tem raiva, a mágua relativamente já passou.
mas é a razão, a razão tenta colocar seus pés no chão.
não é certo.
'a cabeça está em cima porque o coração deve segui-la'
poderia ser fácil seguir essa frase.. poderia.
aí, ela continua, pensa.
esquece.
segue a vida.
no fundo ela sabe que tudo vai voltar ao normal, cedo ou tarde,
mas, o que ela não sabe é se ela realmente gostaria disso.
obnubila-se.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

"iaiá, se eu peco é na vontade.. "

fazer uma crítica a você mesmo é difícil,
mas tem pessoas que lidam melhor com isso.
levam numa boa e refletem de verdade.
entregam seu coração com a maior naturalidade.
aceitar que podemos(e temos que) mudar
é um grande passo a se andar.
é consciência do que é preciso,
é consciência de que podemos ser pessoas melhores,
que sempre há o que aprendermos.
é sabedoria, é amadurecimento.
é aceitar que é humano,
e que erra.
mas que o erro é natural.
é da vida.
foi feito para que com ele aprendessemos.
e assim é,
pelo menos deveria ser.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

e agora José?

tentei escrever palavras bonitas
tanta raiva no coração não leva a lugar nenhum
impulsiva, com o pensamento a mil
vomitei as palavras
o dia virou, a noite me acalmou
e embora tenha escrito, de uma certa forma, pra você,
percebo que foi pra mim.
me faz tão bem.
me fez tão bem.
e agora vago pelas ruas, pensando:
vale a pena?
e aquela voizinha dizendo "você sempre se doou mais",
mas a idéia de deixar pra lá me parece tão distante
não consigo acreditar que "tudo" vai ser jogado fora..
tão difícil deixar para trás algo que não queremos..
e agora José?
o que que eu faço?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

a culpa

É muito fácil dizer que quer passar por cima.
Não querer saber o que aconteceu.
Que medo escroto que te assombra!

Enfrenta a merda da situação.
Só... se não for importante.

Se você estiver cagando e andando pra tudo.
Está se entendendo pra não ficar brigado. Amenizando a situação...

Que ódio.
Mais raiva ainda de você não ter percebido.
Percebido que eu não estava satisfeita,
[e que ainda não estou].
a minha ironia, o meu jeito de se despedir.
Achei q você me conhecia. Achei mesmo.
Mas agora, agora eu já não sei de nada.
Eu achei que eu te conhecia.
Mas agora, agora já não sei de nada.
Não te conheço, não sei quem és.

Perdestes o senso.
O menino que fostes antes, o rapaz que tornastes um pouco depois...
És estranho, esquisito. Cruel.
És algo que não sei mais se quero perto de mim.
És fúria.
És tudo e nada.
És a dor que invade minha cabeça. És aquele que eu não quero falar.
És aquele em que todo dia penso.
És aquilo.
És sujeira. És inúmeras lembranças.
És aquilo que me faz escrever.
És um louco. [E eu mais ainda].
És tristeza. És a lágrima que, agora, choro.
És angustia e pranto.
És desastre.

Não, não és.

Eu, eu sou.
Eu sou aquilo que me faz enlouquecer.
Eu sou a esperança que não deve existir.
Eu sou quem fantasia. Eu sou quem viaja.
Eu sou quem sempre erra.
Eu sou a culpada,
a culpa é minha.
Tudo é eu,
eu sou tudo.
És tu, sou eu.
Somos verdadeiros idiotas.








e a infelicidade da certeza que nada vai ser como era antes. que pena.
que droga. que merda.
demora tanto tempo pra construir e se desfaz em um piscar.
aahh vida... ah!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

escreva!

"Às vezes tenho idéias felizes,
Idéias subitamente felizes, em idéias
E nas palavras em que naturalmente se despegam...
Depois de escrever, leio...
Por que escrevi isto?
Onde fui buscar isto?
De onde me veio isto?
Isto é melhor do que eu...
Seremos nós neste mundo apenas canetas com tinta
Com que alguém escreve a valer o que nós aqui traçamos?"
[Álvaro de Campos]


me deparei lendo esses versos hoje e confesso que me indentifiquei mto com eles. o mais engraçado disso é q os já tinha lido anteriormente, porém acho q nunca tinha parado pra pensar de verdade neles.
eu quando escrevo meus textos literários -se é q assim posso dizer- termino sem saber o que acabei de fazer. tá, pode parecer loucura mas eu juro que não é. quando vou reler, as vezes, até me assusto. nossa! fui eu que escrevi isso?é assim que eu penso? que estou me sentindo?
incrível a capacidade de abstração, de "desligamento", de "liberdade de inconsciente".
só sei que é através das palavras(escritas) que eu melhor me expresso. é quando libero aquilo que está me machucando por dentro. que conto meus maiores segredos. mais loucos sonhos. é quando faço sentido. é quando não faço sentido. é quando não sinto a menor necessidade de ser entendida. é onde me orgulho. é quando choro. e rio sozinha. é quando construo. é onde eu tenho mto prazer.
tantas vezes já escrevi como se estivesse conversando com alguém. sou capaz inclusive de ver a pessoa lendo, sipá me respondendo. sabe quando vc continua a falar de uma forma dependendo do que o outro responde?
escrever é tão bom, eu recomendo.




" e aqueles que atravancam meu caminho, eles passarão, eu passarinho."

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

'tem dias em que a saudade aperta e é quase insuportável...'

terminei de ler "a cidade do sol", do mesmo escritor de "caçador de pipas". mais uma vez é uma tragédia atrás da outra, mas que, pelo menos, tem um fim feliz. quando leio tantas tragédias, mesmo sabendo que é ficção, sinto-me abençoada. pq por mais que laila e mariam não existam de verdade, o talibã existiu, assim como as revoltas citadas no livro. quantas pessoas foram humilhadas, espancadas, mortas. pq a vida tem que ser tão difícil pra uns e tão fácil pra outros?
sei que é uma pergunta que provavelmente nunca será respondida, mas não é por isso que não deve ser feita....


a vida é uma só. olha, ela sabe escrever frases clichês. sim, é um baita clichê, mas é a mais pura verdade. como é importante ter consciencia disso. viver como se fosse o último momento, sentir prazer no mais simples. encarar de frente um problema sendo positivo. acreditar que tudo pode - e vai- dar certo. tenho só 19 anos, que experiência tenho pra passar? pode ser pouca, pra alguns insignificante, mas tudo que falo - ou melhor escrevo- é de mais puro coração. é dito sem medo do que os outros irão comentar, julgar. falo pq acho que é isso q devo fazer. até pq qnd acho q não devo, não faço. FALE. faz bem pra qualquer um. é remédio. é prazer.


"perder-se também é caminho."

terça-feira, 19 de agosto de 2008

"tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu
a gente estancou de repente ou foi o mundo então que cresceu
a gente quer ter voz ativa no nosso destino mandar"

que dificuldade pra dormir.. milhares de pensamentos na cabeça..
refomra, maçaneta, pintura, tirar a estante da janela
a cama chega amanhã! já tá tarde, não vou conseguir acordar. vou perder a carona, merda. eu não devia ter falado com ele hoje. tão idiota. tão insignificante. se segura mulher! vc não merece isso, não é possível que não se canse. que eu faço amanhã? pára! desvia esse pensamento se não vc não vai dormir... mas vou pensar em que? não acredito que eles perderam as olimpíadas estão uma bosta. grande merdas o brasil uma medalha de ouro uhuul!vc não pode ser comentarista, já imaginou quantos palavrões vc iria falar?! hahahahah boca suja! tenho que esperar ele escrever o livro é tão triste só desgraça tariq laila mariam quanta infelicidade zzzzzzzzzzZzzZzZzzZzz

"voa voa que eu chego já... incendeia minha vida que era viajante lenta"

domingo, 3 de agosto de 2008

"os sonhos só têm poder sobre a mente do próprio sonhador; mas o dinheiro nos permite ter poder sobre a mente dos outros"

trecho do livro "Sua resposta vale um bilhão". terminei de lê-lo ontem, adorei.
não é uma narrativa mto empolgante mas a história é sensacional. o jeito com que tudo vai se desvendando.. o resumo do que acontece é o seguinte: se passa na índia, um jovem garçon pobre se inscreve em um programa de perguntas e respostas. milagrosamente ele chega até a última pergunta e a acerta, levando um bilhão de rúpias. porém, os produtores do programa não estavam preparados para isso, e se tiverem que pagar o prêmio, irão a falencia. logo tentam um jeito de incriminar o jovem. O desenrolar da história é esse menino contando como sabia todas as respostas, sendo cada capítulo do livro relacionado a uma pergunta do programa.
enfim, é um livro mto bom que vale a pena. eu recomendo =]

bjãaaao